Revirando um passado, até então
encaixotado, encontrei rabiscos feitos num caderno qualquer – capa velha e um
sentimento, ainda comum nos dias atuais. As folhas, amareladas com o
tempo, mostravam as anotações confusas, feitas pela menina que queria ser escritora, poetisa, amada, amante...
Em versos sem ritmo, entreguei
meu coração a você, é, você mesmo. Pois é, eu também me questiono o porquê
disso. Escrevia, de forma confusa,
amadora e iniciante, sobre você. Foi assim que aprendi a lidar com o que me
enfraquecia, o fiz, mas não deveria.
Mesmo que com erros ortográficos,
sem coesão ou coerência, aquelas palavras eram verdadeiras, traduziam o que eu
sentia. Para os convencionais seria, certamente, uma bagunça total, o reflexo
da desordem, deve ser a tal geração Y. Já para os contemporâneos, arte moderna,
o caos em entrelinhas, um coração partido, lindo. Mas para mim, era apenas o
resultado de uma equação a qual não cabia solução, nós.
Você não merecia. Não merecia
saber a forma como eu pensava em você, e, é por isso que guardei tudo isso, até hoje.
Desculpa. Estou agora, jogando
essa parte da minha história, que você, erroneamente, protagonizou, no lixo.
Faço isso com o coração partido, não sei se lembra, mas eu sou uma eterna
apaixonada por história, e me dói saber: vivi um capitulo inútil. Nada se
altera com a falta dessas páginas velhas, então, esse é o nosso fim.
De qualquer forma te devo
agradecimentos, mesmo sem ter a menor ideia, tu me ajudou. Foi o tema das primeiras
linhas, e o que dizer sobre os primeiros erros? Eles ensinam. Então, temos que
concordar, você foi um ótimo professor.
Que texto! Você escreve bem demais. Até salvei o blog nos favoritos ♥
ResponderExcluirhttp://novavelhahistoria.blogspot.com.br
Obrigada, fico muito feliz que tenha gostado!!!
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