Sabe o que é, eu coloquei meu
time na retranca, passei a defender meu pobre coração dos possíveis amores. Eu
não sei viver contos de fadas, tão pouco os amores de corredor. Não aprendi a
ser “casual” quando tratamos de assuntos a dois. Então, para não me ferir,
recuei e fiquei ali, só defendendo os ataques que podiam surgir pelo caminho.
A tática pode parecer podre, de psicologicamente
derrotados ou fracos, é, deve ser mesmo. Sempre que assisto futebol fico
possessa com a falta de bola na trave e aqueles “Uuuuuh” que vem do pulmão,
quase um choro, quase um gol... e era assim que eu estava levando a minha vida,
como a seleção-de-fulano-de-tal, principiante nesse negócio de Copa do Mundo, jogando
com um monstro que coleciona títulos e é favorito.
Acontece que você chegou e
bagunçou a minha tática, o pivô ficou confuso, perdeu o compasso e passou a
bola, fez a defesa se desarmar e você atacou. Eu estava desprevenida, sem
chance de agir, contra-atacar ou fugir, fui vitima. Vitima do seu sorriso de
canto de boca, seu olhar doce e lábios macios, fui vitima da trilha sonora que
me apresentou, dos livros e da sua forma errada, porém engraçadinha, de
escrever. Vitima.
O então campeão tornou-se time de
várzea. E, tenho que confessar, gostei de sair da grande aérea e conhecer o
campo. Gostei do frio na barriga, das faltas, dos erros e dos cartões amarelos
e vermelhos. A penalidade máxima, ao seu lado, é como um presente. Nesse jogo
não há impedimento, e o nosso tiro de meta é o amor, ao qual eu jurava, não voltaria a sofrer.
Que interessante a metáfora que você construiu com o futebol, muito inventiva :-)
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Beijos
Que bom que gostou :)
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